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Manaus, BRASIL - 12 de junho 2020: A aldeia Yukuro é a casa de quase 40 índios da etnia Tuyuka. A população Tuyuka se espalha por parte do território brasileiro, principalmente no estado do Amazonas, e por território colombiano.
Localizada à beira do rio Amazonas, a Yukuro é distante uma hora em voadeira (pequena lancha) do Porto de Manaus.
Pelo fácil acesso, a Yukuro já se vê invadida há anos pelos costumes capitalistas. De tão habituados a receber curiosos, os índios dessa aldeia já não produzem mais para subsistência. Grande parte de seus ornamentos e utensílios são destinados à exposição e venda para os urbanóides que ali desembarcam, os quais, sem instrução alguma, tocam o território e trocam experiências com os habitantes da aldeia.
Com a proibição de navegação e comércio no Amazonas, a aldeia Yukuru também deixou de ter contato com turistas. Contudo, há cerca de duas semanas, barqueiros voltaram a oferecer o serviço de “turismo” a aldeias próximas a capital amazonense.
Neste último domingo, cerca de 40 turistas desembarcaram de três voadeiras na Yukuro. A grande maioria estava sem máscara ou qualquer tipo de proteção, relatou o meu colega Alessandro Falco .
O grande temor é que o Novo Coronavírus comece a alcançar, por vias fluviais em seus hospedeiros urbanóides, as comunidades menos protegidas da floresta — principalmente índios e ribeirinhos com pouco acesso ao sistema de saúde.
Para uma nação que ouve de seu presidente ordens para invadir hospitais, fazer turismo em terra indígena chega a ser brincadeira.
Fiz essas fotos na última quinta-feira, 11 de junho de 2020, utilizando todos os equipamentos de proteção para preservação dos índios, com a finalidade de fazer esse relato.
Foto: Caio Guatelli
Localizada à beira do rio Amazonas, a Yukuro é distante uma hora em voadeira (pequena lancha) do Porto de Manaus.
Pelo fácil acesso, a Yukuro já se vê invadida há anos pelos costumes capitalistas. De tão habituados a receber curiosos, os índios dessa aldeia já não produzem mais para subsistência. Grande parte de seus ornamentos e utensílios são destinados à exposição e venda para os urbanóides que ali desembarcam, os quais, sem instrução alguma, tocam o território e trocam experiências com os habitantes da aldeia.
Com a proibição de navegação e comércio no Amazonas, a aldeia Yukuru também deixou de ter contato com turistas. Contudo, há cerca de duas semanas, barqueiros voltaram a oferecer o serviço de “turismo” a aldeias próximas a capital amazonense.
Neste último domingo, cerca de 40 turistas desembarcaram de três voadeiras na Yukuro. A grande maioria estava sem máscara ou qualquer tipo de proteção, relatou o meu colega Alessandro Falco .
O grande temor é que o Novo Coronavírus comece a alcançar, por vias fluviais em seus hospedeiros urbanóides, as comunidades menos protegidas da floresta — principalmente índios e ribeirinhos com pouco acesso ao sistema de saúde.
Para uma nação que ouve de seu presidente ordens para invadir hospitais, fazer turismo em terra indígena chega a ser brincadeira.
Fiz essas fotos na última quinta-feira, 11 de junho de 2020, utilizando todos os equipamentos de proteção para preservação dos índios, com a finalidade de fazer esse relato.
Foto: Caio Guatelli
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